quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Lasar Sagal

Conto criado por : Laysa de Gouveia

A partir do quadro de: Lasar Segall

Conta à lenda que certa época em uma cidade da África, qualquer homem branco que ousasse ter qualquer ato racista era morto imediatamente por quem quer que fosse o ofendido e jogado num lixão da cidade, para que seus corpos fizessem parte de toda aquela sujeira.
Certo dia Álvaro, uma criança branca perguntou para um negro:
- Qual o intuito de todas essas mortes? Á momentos em que nem sempre um branco morre por motivo justo.
E ele lhe respondeu:
- Você não acha mesmo justo meu filho? Você ainda é muito pequeno, tem muito que aprender.
- Nem sempre as palavras ou ações dos brancos é com a intenção de vos atingir!
- Racismo direto ou indireto, com intenção ou sem garoto, continua sendo racismo! Estamos julgando a vida daqueles que sofreram nas senzalas, que apanham dos “branquinhos” fora do nosso país. Quando eles estão fazendo isso por acaso param pra pensar na injustiça que estão cometendo?
- Pensando bem, é realmente justo senhor Lucidário.
Os dois se despediram e Lucidário ficou com as palavras do garoto no pensamento. Quis ele, então, usar os corpos dos brancos como inspiração, como exemplo para os que virão, exemplo de justiça cumprida, não quero mais que fosse simplesmente um amontoado de corpos.
Enquanto pensava naquilo chegou seu amigo Abaldo com mais um corpo, e ele lhe perguntou:
- O que ocorreu com este elemento meu amigo?
- Imagina que estávamos eu e minhas crianças entrando na velha canoa para irmos a escola, quando esse aí olhou e disse: - Para que todo esse esforço meu senhor? Esse lugar cheio de negrinhos como é nunca irá à frente! – No mesmo momento peguei minha arma de caça e dei-lhe um tiro dizendo: se um deles fosse um grande médico você poderia ser salvo, mas já que não é assim você sentirá essa dor até a morte, e foi assim mesmo que aconteceu, e agora estou eu aqui com mais um safado racista.
- Mas meu amigo, andei pensando que todos esses corpos antes de serem queimados e virarem pó precisam deixar algum significado para a próxima safra de negros que virão quando não estivermos mais aqui. Quero que essa nossa época seja lembrada como a época em que a justiça foi feita, deve servir de algum exemplo.
- Realmente meu amigo, este é um fato que precisa ser registrado, antes de tudo começar a feder, afinal esses amolfadinhas que se acham perfeitos começaram a poluir nosso ambiente rapidamente. O ideal seria fazer uma pintura, um retrato, mas quem usaremos para isso?
- Certo senhor Abaldo, é uma ótima idéia, e é exatamente o que vou fazer, e já sei também quem será o autor dessa nossa obra de arte e será um branco, o Lasar Segall.
No mesmo momento Lucidário saiu em busca do seu artista, que teria sua vida zelada por ele em troca da pintura colocada em suas mãos.
- Meu senhor quero que você faça a melhor e mais bela pintura de sua vida.
- E qual será o meu tema?
- O amontoado de corpos brancos do lixão da nossa cidade.
- Nunca! Nego-me, será uma traição para com meus irmãos de pele.
- Ou é a pintura ou sua vida meu caro!
Optando pela sua vida ele não viu outra escolha e aceitou a ordem seguindo Lucidário até o lixão.
- O que o senhor quer exatamente?
- Ora meu querido, não está vendo? Você não é um pintor? Eu quero tudo isso aqui registrado como seu melhor quadro.
- Mas só irei fazer a pintura, não autenticarei esse quadro nunca!
E lucidário ameaçando empurrá-lo em cima de todos aqueles corpos disse:
- Autenticará sim meu caro Lasar. E o levará por todo o mundo e terá orgulho de contar a história do acontecido.
Ele rapidamente começou a pintar o quadro, quando já estava nos contornos finais o filho mais velho de Lucidário veio ofegante dizendo:
- Papai! Vamos corra! Meu irmão, seu filho acabou de pedir pra nascer!
Lucidário emocionado apressando o pintor disse:
- Vamos Lasar apresse-se, meu novo filho será o primeiro a ver sua obra de arte!
Mas ao chegar ao hospital não escutou choro de criança, só via uma mão branca sobre a pele negra de sua mulher impedindo que seu filho viesse ao mundo. Aquilo o deixou em nervos, ele rapidamente empurrou o médico e pôs-se a fazer o parto de sua mulher, quando seu filho já estava bem e com a vida fora de perigo ele lhe mostrou o quadro dizendo:
- Meu filho este quadro mostra a justiça do nosso povo, é a prova de que nós negros também somos GENTE e temos os mesmos direitos, e o corpo desse médico safado agora vai pra esse mesmo lugar fazer parte deste amontoado pela sua vida. Ele foi morto, pois queria tirar a sua vida, afinal nem todo obstetra quer colocar mais um negro no mundo.

Seres homicidas

É fato, estamos destruindo o nosso habitat natural, o mundo. Partindo da preocupação ecológica, foi realizado no Cefet a Semana de Meio Ambiente, trazendo a tona os grandes problemas pelo qual temos passado e as principais causas destes, me impactando com o fato das inúmeras pequenas ações serrem transformadas em armas homicidas na mão dos homens, pois tratamos o mundo de uma maneira irregular.
Hoje é terrível o numero de seres humanos sem consciência ambiental, são os nossos lixos pela rua, pelos rios e mares, que fazem com que nosso planeta entre numa febre altíssima, nos pondo em risco de sermos engolidos por ela, estamos mexendo com fogo e o fim será um trágico incêndio sem salvação.
Os lugares menos desenvolvidos são os maiores sofredores desse perigo, devido à falta de informação e também pela falta de interesse por essas zonas de baixa renda, mas não só nessas áreas, temos como exemplo em Pelotas – RS é feito todo ano um mutirão para se limpar as praias após as grandes comemorações, e mesmo que todo ano tenham palestras e o lixo seja recolhido, o número só vem aumentando, mostrando o tamanho desinteresse dos homens pela salvação do mundo.
Tratando de outros fatores, como o crescimento mundial, podemos citar o fato de que as árvores tem sido retiradas para colocar nesses lugares casas, prédios, fábrica, aumentando assim a quantidade de dióxido de carbono, contribuindo para o aquecimento do planeta. As florestas são também usadas para fabricação de lenha, carvão vegetal, entre outros, citando como grande irresponsável o Brasil, desmatando para esses fins ainda 11% das florestas.
Por mais que se fale em conscientização ambiental, as palavras sem ações são insuficientes, é impressionante o número de “mudinhas de árvores” que restaram da Semana de Meio Ambiente, número maior que o do ano passado, mostrando uma regressão na consciência humana, e um descaso por tudo que foi ouvido em três dias de palestras, um verdadeiro desinteresse sobre os problemas ambientais.
Sabemos que estamos rumo a um buraco sem fundo, é o que diz a TV, o rádio, os jornais, mas como vários outros problemas nunca pensamos que isso chegará até nós, é um problema que só atingirá os outros, mas se pararmos e pensarmos veremos a diferença de temperatura que passamos entre o dia e a noite, notaremos os motivos que faz com que falte água em casa algumas vezes, a elevação de temperatura que passamos no dito “inverno”.
O problema já está à tona, e é responsabilidade nossa resolvermos se é o fim do mundo, somos os únicos responsáveis por esse homicídio ambiental.

Menor, morador do bairro Juca Rosa morre eletrocutado ao tentar roubar transformador.

Cada vez que morre uma pessoa de forma tão violenta desta maneira me impressiono mais com o mundo que vivemos, só penso nas possíveis possibilidades que levariam um jovem a roubar um transformador, sabendo todos os riscos prováveis.
Sou moradora do bairro Juca Rosa, e situações como essa são freqüentes onde resido, acontecimentos espantosos que envolvem pessoas próximas a nós. Jovens como este se se envolvem mais diabólicos planos de tentativa de sair da miséria ou simplesmente por diversão, pois sempre existem dois lados, mas o fim é sempre este, tão trágico.
Devido à relação de “vizinhos” que mantenho com essas pessoas, sei que a realidade poderia ser bem diferente. Muitos desses garotos foram bons alunos passados pelas mãos educadoras da minha própria mãe, eram bons filhos, bons maridos, e talvez por serem tão bons fossem em busca de melhoria por não acharem estar na situação devida mediante o tamanho de sua “bondade. Garanto que nenhum jovem gostaria de estar numa situação que o levasse a subir em um poste para roubar um transformador, mas mediante ao desespero tudo se é valido.
Somos todos vitima de um sistema que muito falha, felizes ainda são aqueles que tem com que matar sua fome, sua sede, seu frio, seu calor, pois a grande maioria passam noites em uma calçada sujeito a “boyzinhos” que surgem do nada no meio da noite e fazem com eles o que bem entenderem por uma simples diversão, por que esses bandidinhos também não estão na cadeia? Ainda ouve-se falar que os mendigos são vagabundos que se embriagam por querer, embriagados eles não sentem a dor da noite fria e de pés o chutando, mãos o batendo, talvez ele nem acorde mais.
Às vezes não compreendemos o que leva uma pessoa a assaltar outra, mas investigando a verdade do mundo, é muito fácil àquela pessoa que sempre sobrevive bem há mais um dia julgar aquela que não tem nem como alimentar um filho. Vivemos em um mundo em que fazemos as pessoas de pedestal e queremos sempre estar mais e mais acima, não importa a quem estamos atropelando lá em baixo, por sermos tão egoístas vivemos nesse caos mundial do século XXI, e viva a palavra divina “amai ao próximo como a ti mesmo”.

Missão "quase" impossível

Mais uma vez me deparo com a penúria do papel, passando pelo mesmo sofrimento de me auto – avaliar. Por que falar dos outros é tão fácil, e olhar nosso próprio eu se torna uma tarefa tão amarga e difícil? Terceira vez fazendo uma auto – avaliação e ainda fico aflita ao tentar passar minhas idéias para o papel.
É... Terceira Unidade, partindo pra quarta, partindo pro fim do ano, pras despedidas... Tantas coisas mudaram, nós mudamos, eu mudei! A terceira unidade pra mim não foi tão proveitosa quanto à segunda, mas foi melhor que a primeira (todas serão melhor que a primeira). Confesso nunca ter trazido nada pra sala de aula, para compartilhar com meus amigos, e ate fiquei bem surpresa quando o professor me fez essa pergunta: - Você já trouxe contribuições para a sala de aula – E eu realmente ainda não havia trazido, e juro ter parado pra pensar nisso e ter me preocupado bastante com o fato da “não colaboração”.
Em que mais me destaquei na terceira unidade foi no teatro “labirintos do tempo”, pela minha grande facilidade em lidar com o público e claro, pelo meu grande interesse com a arte cênica e claro pela minha falta de vergonha.
Nessa unidade confesso também que a preguiça me bateu um pouco, e estou capengando nas leituras dos livros que ainda não foram terminadas, mas inicializadas. Deixei de realizar a produção do texto em que era preciso fazer a análise da capa da revista, e fazendo uma pequena análise, penso que foi só este.
Minha sede por leitura só tem crescido, principalmente interpretações, não só de textos, mas interpretações de mundo. Hoje vejo certas situações de maneiras diferentes e as encarado de forma bem mais consciente. Por exemplo, tenho discutido com algumas pessoas que não tem a oportunidade de ouvir as palestras que ouço o “por que dos jovens entrarem no caminho do tráfico, das drogas, do roubo”, são situações tão constrangedoras que nos levam até a “entender” o porquê do fracasso humano.
Como já havia falado algumas vezes a preguiça me vencia, e eu deixei de vir em 2 ou 3 encontros no auditório, e acredito com toda certeza que quem perdeu fui eu, pois adoro os encontros a tarde e aprendo muito com eles, são indispensáveis ao meu crescimento como ser humano.
Indispensável! Essa é a discrição das aulas de português em minha vida. Espero poder aproveitá-las da melhor maneira possível, e espero ainda mais sinceramente ser também indispensável para o crescimento da aula e dos meus colegas de sala.

Com é ser pensador

Desde anos atrás ouço a história de que fomos originados do macaco. Algumas muitas vezes até acredito na realidade dessa história, e até aprecio bastante os macacos, os acho seres fantásticos e super inteligentes, talvez não se desenvolva tanto quanto nós devido a sua falta de interesse em busca de conhecimento, mas também às vezes raciocinam melhor que muitos seres humanos, não é a toa que o mundo está dessa forma, e por acaso está nas mãos de quem? Dos homens!
Falando-se em homens, esses sim têm uma sede de conhecimento fantástica, talvez até por sua obsessão de alcançar o topo da faixa social do mundo, mas estão sempre correndo atrás... Seja passando uns para traz, ou se afundando nos livros, caindo de cabeça, e que cabeça! Dentro da cabeça humana cabem os mais diversos tipos de coisas, tantas são que às vezes até se debatem em confusão, trazendo uma enxaqueca terrível.
Os seres humanos são muito complexos, sendo iguais e ao mesmo tempo super diferentes, cada um possuindo seu próprio código de barra apesar de conter a embalagem idêntica ou parecida. Ao mesmo tempo em que eu tenho a mesma idade que uma amiga e moramos na mesma cidade, bairro, rua, conseguimos ver a cidade, o bairro e até a rua de um ângulo totalmente diferente um do outro, e o bom do ser humano é isso... A diferença! Poder trocar informações é uma experiência fabulosa, nada do que pertence a você é totalmente indispensável pra mim, e o mesmo é recíproco.
Somos uma planta, nossos verdes galhos crescem à medida que são alimentados com conhecimento de mundo, e quanto mais mundos conhecemos mais sabemos, mais pensadores e formadores de opiniões seremos. Terrível é ser como uma máquina, que não pensa, não fala, não se expõe, não se impõe. Terrível é não ter opinião própria, não ter personalidade, se assim somos alguém pode apertar o botão e simplesmente nos desligar definitivamente, bom é se podermos roubar o controle da mão dele e tomarmos o controle da nossa situação, o controle de nós.
Ninguém melhor que nós mesmos pra relatar o melhor caminho a seguir, algumas vezes falharemos, mas o bom é podermos recuar com uma nova experiência para que o erro não se repita... Bom é poder pensar, é ter várias escolhas e saber escolher qual a melhor delas. Bom é ser pensador e ter no que pensar!

Como se fosse ontem

Eu, Laysa Cristina Oliveira de Gouveia, nasci no dia 14 de fevereiro de 1992, na cidade de Itapebi, mas morava na fazenda Guarani, que é ao lado dessa cidadezinha. O local em que eu morava nunca foi muito desenvolvido, tratando-se então de educação nem se fala, mas as pessoas de lá tinham sede por conhecimento e passavam a maioria do dia na escola, inclusive eu.
Minha mãe sempre foi professora e trabalhava no local onde morávamos. Desde cedo ela começou a me levar para escola, e eu me mostrava interessada a aprender todas as coisas que ela ensinava aos seus alunos. Com esse empurrãozinho ingressei na escola muito rápido aos 3 anos de idade, e aos 5 eu já sabia ler e escrever com muita precisão.
Com o passar dos anos, mudei de cidade e várias vezes de escola, mas todas elas me mostravam um português muito “cru”, cheio de regrinhas incompreensíveis e meios indecifráveis. Sempre gostei de ler, mas sempre optava por historias de amor, ficções, livros com histórias de adolescentes, o primeiro livro que li foi “Meu pé de laranja lima”, e amei, mas nunca fui muito incentivada para ler poemas, revistas, jornais, entre tantos outros indispensáveis”.
Lembro que pouquíssimas vezes fiz uma boa interpretação de texto, isso quando ainda fazíamos uma ruin, que é de extrema importância, o que mais pediam era separação de sílaba, acentuação, a famosa “gramática”, o famoso livro grosso debaixo do braço que tanto assustam os alunos, mas sinto que as aulas de hoje, tão dinâmicas, são bem mais proveitosas e ricas, e enriquecem muito mais meu conhecimento de mundo.
Caso mencionassem a palavra “literatura” em uma sala, pensaríamos que era algo do “Demo”, vindo lá de baixo para atormentar nossas pobres vidas. Essa palavra, esse estudo, não fazia parte do meu cotidiano escolar, conhecia apenas de nome as escolas literárias (barroco, classicismo, modernismo, etc.), não conhecia nada que passasse de Monteiro Lobato na autoria do Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Hoje além de aprendermos a ler e escrever bem, aprendemos a ser pensadores, interpretadores, críticos, isso tudo de uma forma magicamente gostosa., não só existimos, como fazemos toda a diferença. Desde meu ingresso no Cefet percebi a grande diferença desta escola para as outras, não só com a língua portuguesa, mas em todas que são também indispensáveis, iniciando com a professora Florisbete, que nos levou ao mágico mundo da literatura, interpretação, leitura e escrita. No ano seguinte o professor Alexandre então nos enfeitiça e hipnotiza com suas aulas, interagindo diretamente conosco e nos levando a interessar-se cada vez mais pelas discussões do mundo e pela famosa “língua portuguesa”, que é complexa, mas encantadora se tratada da forma correta.

A falsa liberdade

Comentam por aí sobre o dia 13 de maio alegando que neste dia se comemora a libertação dos escravos, ou seja, dos negros. Mas ainda hoje os negros que foram soltos das correntes vivem aprisionados até mesmo em sua própria mente.
È de se questionar o que realmente estamos comemorando, se ainda hoje no mundo o negro sofre preconceitos inadmissíveis, e são menosprezados pela cor de sua pele. Até mesmo o Brasil que conta com diversidades extraordinárias, comete com os negros deslizes imperdoáveis, proibindo-os das maiores regalias que dizem pertencer só aos brancos.
Mesmo que digam por aí que racismo é coisa do passado, que são todos iguais, nota-se a diferença desde o nascimento do individuo, caso ele seja negro, não precisa de muito esforço para se saber qual será o destino de sua vida, sabemos que seu destino será de muito sofrimento. Vê-se então que “as feridas da discriminação racial se exibem ao mais superficial sobre a realidade.”
As leis se dão diferentes para homens brancos e negros, criando entre eles uma muralha, colocando-os como seres diferentes, sabe-se que todos seriam então iguais se assim fossem tratados. Desde o período colonial o homem branco mantém o poder entre eles. Nossa riqueza, por exemplo, foi produzida por negros escravos trazidos da África, que quando livres foram obrigados a ficar em estado de miséria, não podendo usufruir de nada.
Se a justiça alega a igualdade para todos, por que então o número de negros nas faculdades e super inferior aos dos brancos? As chances de um negro entrar na universidade são de 18%, contra 43% dos brancos. Ou então por que os grandes empregos são ocupados por brancos e quase nunca por negros? O trabalho muitas vezes é inacessível para os negros, e quando conseguem algum emprego são em situações muito precárias. É mesmo desejável que um dia o mundo seja igual. Dizem que negro é aquele que mata, rouba, vive em favelas e branco o que tem sua casa própria, que cria uma família, que tem um bom emprego, foi uniformizado que o branco será sempre o patrão e o negro sempre o empregado. Será então que as oportunidades para estes estão sendo as mesmas? Se fossemos um mundo de igualdades não seria preciso a regalia das cotas.
A pobreza do nosso País foi simbolizada com uma cor, sendo ela a cor negra, são estes desprovidos de direitos, excluídos pelo mercado de trabalho. A elite luta na TV pela igualdade, mas quantas vezes assistimos os negros em um momento de glória? Nas novelas eles são os empregados, favelados, nos jornais só aparecem quando mataram alguém, estupraram, ou seja, estes só servem quando estão cometendo um mau exemplo, é como se eles fossem à nata podre que emporcalha o país. Até mesmo os próprios negros já não se aceitam mais, criam em sua cabeça uma fantasia e passam a afirmar que são homens brancos, renegando sua cor, de cada 100 negros, 83 não assumem sua condição racial.
Enfim, é claro que não temos nada a comemorar no dia 13 de maio, a não ser injustiças, desrespeito para com o próximo, desamor. Não se conseguiu nada com a libertação dos escravos a não ser que estes vivessem em uma situação miserável, que até hoje prevalece vencedora no mundo, botando o negro sempre a baixo dos pés dos brancos. Essa data não obteve ainda nenhum efeito, a não ser o de decepção para os que lutam por um mundo mais igual, mas vamos à frente a esperança não morreu!

Mote: “As feridas da discriminação racial de exibem ao mais superficial olhar sobre a realidade.”


Que dor no coração
Ao ver tamanha maldade com meu irmão
Discriminado por sua cor
Será por que tamanho desamor?

A sociedade é violenta
E isso muito me atormenta
Vejam que horror...
Descriminam por uma cor.

Ser negro é um problema
Dizem ser dignos de pena
Mas não sei por que pensam assim
A cor negra não é nada ruin
A cor de sua pele não diz nada pra mim.

Perante a terra julgam sermos iguais
Mas vemos negros tratados como animais
Vivem miseráveis, na podridão
Sujeitos a uma vida de humilhação
Pobres infratores por tamanha alienação.

Temos que acabar com esse terror
A terra vive em “caos”,
vamos nos unir por favor
Plantar nesse mundo mais respeito, mais amor!

Você escolhe o caminho
Sua vida está em suas mãos
È certo... Ninguém consegue sozinho
Somos todos irmãos

Ao deputador estadual Arlindo Chinaglia

Caro senhor deputado, eu sou uma adolescente residente da cidade de Eunápolis, no estado da Bahia e este ano estarei votando pela primeira vez, e espero sinceramente que os critérios que me façam votar em um candidato, caso este seja eleito cumpra com todas as promessas que são feitas durante a época das votações, pois tenho visto que os direitos so "povo brasileiro" não esta sendo cumprido, são muitas as desordens e barbaridades do nosso país.
Primeiramente eu gostaria de ressaltar o assunto que mais me espanta, a má distribuição de renda entre a populaçã, são tantas pessoas vivendo em condições precárias, sem alimento, sem emprego, sem uma única portunidade, enquanto outros vivem a esbanjar seus bens de consumo, a trocar sempre de carro, de casa, de país, e até mesmo os nossos governantes esbanjam nosso dinheiro que deveria ser usado em nosso benefício com "combustível" em excesso para abastecer seus jatinhos, para que voem confortavelmente de um país a outro.
A região em que moro, o Nordeste, tem o PIB maior do que o de toda a América Central, no entanto as marcas da miséria se alargam cada vez mais por aqui, e é de se questionar para onde está indo toda essa renda? Sendo que erámos pra ser tão mais desenvolvidos, se percebe descaso dos governantes para conosco, e dessa forma o subdesenvolvimento de nosso país tem como marca registrada a fome, o desemprego, a miséria, entre outros fatores.
Até mesmo a educação já não parece mais ser um direito de todos, sendo que as escolas públicas não fornecem um bom ensino ou não desponibilizam de bons recursos para que esta evolua, sendo dessa forma os alunos formados para um emprego medíocre, que levará a uma vida medíocre, que será como uma cadeia alimentar, este é um fator que concerteza precisa muito melhorar, pois é através da educação que se forma uma sociedade melhor. Pode-se citar também a falta de oprtunidades de se ingressar em uma boa faculdade, tanto pela falta de preparo no ensimo fudamental e médio quanto pela falta de oportunidade, pois estas apesar de públicas são restritas para os que têem dinheiro, sendo afastados os de classe média baixa e ainda mais os negros.
Em minha cidade, por exemplo, são muitos os fatores que mostram um mal governo, muito mais ainda nos bairros periféricos, que são esquecidos e mal valorizados, sendo voltado a atenção dos governantes somente para o centro da cidade, e ainda assim bem pouco. Nossa cidade não disponibiliza de um centro de lazer gratuito, espaços culturais, educação de qualidade, sendo estes fatores direitos defendidos por leis, mas pelo que me parece a lei favorece aos milionários, aos grandes poderosos, mas na hora da eleição quem se mobiliza até uma enorme fila são os pobres miseráveis que ainda sonham com um futuro melhor.
O que mais me preucupa na minha cidade é a questão do transporte coletivo, pois só nos disponibilizamos de uma empresa, sendo que esta pertence ao Deputado Estadual Ronaldo Carleto, e esta além de ter um alto custo e este sempre estar aumentando, não cumpre horários e não são confortáveis.
A violência e o tráfico de drogas só vem crescendo em nosso país, e apesar de algumas vezes os infratores serem punidos, os "grandes cabeças" da situação continuam soltos e protegidos levando à frente um grande negócio, que só o enriquece cada vez mais, e através desta morre família ou então são tiradas destas o pouco que tem para manter um vício, que atinge cada vez mais pessoas.
Eu espero sinceramente que o apego dos nossos governantes não sejam só a poltrona do poder, mas principalmente ao nosso país, para que o avanço e a melhora possam ser alcançados, pois recursos temos, só nos faltam boas oportunidades. O Brasil deveria ser como um filho não só para os governantes, mas também para cada cidadão, pois unidos e com garra e força de vontade podemos fazer com que nossa marca de subdesenvolvimento seja só uma "faxada", que nossas maiores riquezas sejam benefícios a nós, e assim não precisaremos ir buscar em outro país oportunidades que aqui está ao nosso alcance.

Atenciosamente,
Laysa Cristina Oliveira de Gouveia

O Brasil no período colonial

Abril de 1500, chegada dos portugueses no território brasileiro, a proposital descoberta foi comandada por Pedro Álvares Cabral, implantando na nova conquista toda a sua autoridade.
No período colonial o preconceito e machismo eram ainda mais fortes na cabeça dos homens. Os índios, negros e mestiços não tinham direito algum e as mulheres não era tratadas como seres humanos, mas sim como objetos.
Os índios eram explorados, escravizados e ainda eram obrigados a aceitar a nova religião trazida pelos portugueses. Os indígenas recebiam um nome português, e os portugueses por sua vez também recebiam uma identidade indígena. Os índios ainda bem pequenos eram tomados de suas mãos com o intuito de educá-los com os costumes portugueses, pois quanto menores fossem, mais fácil seria a imposição sobre ele, e também este ao retornar a tribo passaria seu conhecimento para os outros, favorecendo dessa forma os homens brancos.
Foram também trazidos da África os negros que seriam também escravos, dessa forma todo trabalho “pesado” da colônia era depositado nas mãos dos escravos e índios. Os escravos viviam na senzala, um local sem luz e super abafado, pois só havia uma pequena janela para que o capitão do mato conseguisse os vigiar. Eles eram também submetidos a pesados castigos físicos, e também eram obrigados a mudar de nome e aceitar a nova fé. Devido a precariedade da vida escrava as mulheres negras se submetiam a um sofredor aborto, para que mais tarde seu filho não vivesse a mesma situação, pois se nascido na situação de escravo, assim ele morreria.
Devido a esses abortos os Senhores regulavam a menstruação das suas escravas, trazendo assim os mitos vistos hoje, como: Não se deve mexer bolo quando está menstruada, ou não se deve chupar manga, entre tantos outros, dessa forma conseguiam então controlar o período fértil de suas submissas, pois era péssimo para eles perderem mais um escravinho.
Como já citado, as mulheres eram objetos, sendo até ganhadas em trocas ou apostas. Algumas se casavam obrigadas, devido a acordos feitos entre famílias ou quaisquer outros motivos, como dividas, para cobri-las oferecia-se a mais bela filha e de preferência a mais nova. As mulheres não tinham nenhum prazer sexual, deitavam-se na cama, abriam as pernas e eram simplesmente geradoras de herdeiros. Os homens brancos por sua vez não podiam procriar com as índias, negras e mestiças, então eram trazidas para eles as órfãs, pois sem família não havia ninguém para defendê-las.
Os hábitos também eram bastante diferentes dos vistos hoje, tomava-se banho vestido, os índios, por exemplo, faziam trocas de objetos valiosíssimos por objetos simplíssimos como espelhos, que hoje não tem valor algum, mas naquela época era de valor inestimável, pois o único reflexo que podiam ver antes do espelho era aquele aparecido na água do rio. As mulheres tinham seus filhos de pé, sujeita a muita dor, e o ritual de entrega do novo ser era feito próximo de todos.
Desde anos atrás o preconceito e o machismo foi imposto no nosso mundo, eram os homens brancos tomando as terras dos “pele vermelha”, impondo sua religião, submetendo-os a escravidão, trazendo os negros para serem usados como animais, bois de carga, selvagens presos pelas correntes, o Brasil já havia sido descoberto, já havia alguém aqui, com suas “vergonhas” expostas, como Adão e Eva no paraíso. As Mulheres submetidas a todas e quaisquer humilhações perante o seu homem. Cada vez mais conquistamos nosso espaço, e estudando a história do Brasil e do Mundo, devemos nos orgulhar de estar aqui e ficarmos cientes de que somos capazes de muito mais.

Arco - íris

Gosto do verde, pois me traz esperança e do azul, por me lembrar o céu. Gosto do amarelo que representa o ouro e do branco, por me trazer o espaço em branco ao qual posso dar vida enfiando-lhes minhas mais diversas cores. Hum...! E o vermelho?... Vermelho a cor do amor. Será que me esqueci de alguma cor? Creio que não.
O mundo e suas diversidades, às vezes de uma complexidade tão simples de se entender. Ei! Esperai aí, claro que me esqueci de alguém, olha eu. O preconceito quase que me tapa os olhos para a cor do amor, a cor do meu amor, que não é aquela que mencionei a pouco, mas sim outra, uma bem mais forte e mais resistente ao ataque fulminante do tempo, a cor negra. Não é preconceito, mas me desculpem vocês branquelos, mas quantas vezes não olhei para uma pele alva e senti que aquilo mais significava o vazio? E agora estou completa, ao contrario do que dizem, essa nova cor iluminou a minha vida, iluminou meus olhos, minha alma, meu coração.
Certa vez me pararam com a seguinte pergunta: -- Como você pôde amar um negro? Ora essa! Eu tinha a melhor das respostas e a dei com sutileza: -- Não o amo por sua cor, mas pela luz que ele traz a minha vida, e sinto-lhe informar, mas você também está precisando ser iluminada, mas esse arco-íris já tem seu céu. Ainda ironizando a pessoa revidou: -- Como luz se ele é sinônimo de escuro? Então novamente respondi-lhe: -- A luz transmitida nos olhos dele não reflete aos olhos seus, nosso brilho foi criado para se encontrar e ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é, quando encontrar o seu saberá também.
Como podem existir pessoas tão hipócritas? Como a cabeça de alguns seres humanos pode ser tão vazia? Tenho certeza que em todas as pinturas do primeiro grau o que prevalecia era o colorido, a diversidade de cores, e agora somos capazes de renegar alguém por sua cor? Por ser diferente? Minha pintura nunca foi igual à de ninguém. Por falar em primeiro grau, passeia em minha memória agora o momento em que aprendi a pintar, o que mais gostava de fazer era juntar as cores e me felicitar com os resultados obtidos. No meu mundo não existiam primárias ou secundarias, eram todas iguais e iam parar no mesmo lugar, nas minhas folhas de papel, dando vinda aos meus mirabolantes desenhos. Azul e amarelo me dava um estonteante verde, vermelho e azul me presenteava com a beleza do roxo, vermelho e amarelo me trazia a fruta que mais saborosa a laranja, entre tantas outras cores que eu nem sei o nome.
Ai! E mais um suspiro de amor é solto no ar. Falando eu em misturas de cores impossível não me lembrar dele, lembrar-me do meu amor. O que dava mesmo a mistura de branco e preto? Acho que era uma espécie de cinza, mas somente naquela época de primário, agora não! Agora essas cores ao caminharem juntas transmitiam o amor, a paixão, o sabor do pecado concedido a dois jovens apaixonados. Representa ainda a união, a igualdade e esses sim são fatores importantes. Da mesma forma como o preto, o azul, o roxo, o laranja iam para o mesmo destino, minhas folhas de papel em branco, nós seres humanos partiremos da mesma forma, para o mesmo lugar e não se engane, cheiraremos tão mal quanto aqueles que não tinha uma gota de água para se banhar nos duros dias de sua vida.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O Que acontece comigo que não me emociono mais em filmes românticos?
Só consegio sentir nojo, desprezo, desafeto... ><
Tenho medo que vire uma pessoa com o coração de pedra.
Não que eu jamais me apaixone, eu até queria isso, mas uma pessoa
que jamais acredite no amor de verdade, novamente.
Também em tão pouco tempo as coisas mudam da água para o vinho,
está cada vez mais difícil acreditar, com as cenas que presencio todos os
dias, todas as horas, a cada palavra escutada, dita...
Eu me recuso a gostar de você ou de qualquer outra pessoa.
Quero me manter na solidão, mas feliz por ter amigos, quero que só
isso me baste.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Carta ao meu "PAI"

Sabe pai, tem dias que a saudade aperta, hoje foi um deles. Não consigo me conter, sabe que só assim, escrevendo eu consigo aliviar o que tenho dentro do coração.
Sei que quando foi aí pra cima, eu mal sabia escrever algumas letrinhas medonhas, alguns garranxos horrorosos, que você elogiava e dizia ser os mais lindos do mundo. Estava naquela fase que reproduzia tudo que via, na fase que lia todos os outdoors e placas de transito, sentada no seu colo enqanto eu fingia que estava dirigindo, sem ao menos alcançar os pedais da nossa toyota calibrada.
Sempre me perguntam como eu posso lembrar tantas coisas da minha infância. Eu não posso esquecer pai, acredita que eu tenho medo? Tenho mto medo de esquecer os momentos que você esteve aqui, com o tempo a memória se torna tão falha, os flash's parecem cada vez mais vutuosos, mas de você eu não me permito esquecer jamais.
Das vezes que brincamos de cavalinho, dos banhos que você me dava ou que tomávamos juntos, mesmo eu sendo uma mocinha. De quando puxava o cavalo para que eu fingisse ser uma cowgirl de qualidade, de quando caiiu do teto, de quando bateu o caminhao e saiu sem um arranhão, de quando sua busina tocava na porta de casa e eu ia correndo te abraçar, de todos os dias sagrados que me levava a escola, dos beijos de boa noite, de dormir entre você e mãe quando tinha pesadelo.
Lembra das milhões de vezes que você tentou me alcançar pra me dar uma surra pai? E quantas mil vezes me alcançoou e nao teve coragem de me bater? Haha. Você é taão lindo pai, assim... Totalmente dessa maneira, não iria querer que você mudasse nunca, jamais desejei que você fosse embora. Pq vc não volta paizinho? Eu sinto muito sua falta. É tão difícil pra mãe ficar aqui sem você, ela também precisa da sua companhia e do seu amor. Tia "minha irmã", já é tão responsável, você viu como ela pegou as rédias da situação quando vc se foi e mãe ainda estava tão dodói? Ela teve que crescer ainda mais rápido que eu né pai? Talvez isso sempre acrescente reflexos nela, talvez não, tenho certeza que sim. Mas parabéns pai, você fez um ótimo trabalho, deixou duas mulheres poderosas e muito bem preparadas pra cuidar de mim, sua caçulinha. *--*
Obrigada por me ensinar roubar no dominó pai, sabia que eu uso suas táticas até hoje? É, eu nunca pararei de jogar dominó, essa é mais uma ligação nossa. Você que me ensinou jogar, que era minha dupla em todos os jogos e me ensinou as artemanhas de como dar aquela "roubadinha" sem que a dupla oposta perceba. Eu fui campeã em 2008 da minha sala no dominó, e foi você quem me ensinou
Você quem me ensinou a jogar paciência também, quando me levava pro seu trabalho e tinha literalmente muita paciência em começar a me ensinar as primeiras artemanhas com o uso do computador. Se hoje eu sou uma viciadinha nem venha me culpar papai, foi você quem me incluiu nesse meio virtual, mas eu te perdoo. Haha.
Ôh pai, tantas vezes já pedi pra você vir me visitar, pq vc não me atende? Você anda realmente mto ocupado aí em cima? Acho mesmo que voce deveria guardar um tempinho pra vir visitar sua filhinha. Eu sei que as vezes eu cometo uns erros que te deixam muito trstes pai, mas me perdoa, eu juro que estou tentando ser a melhor pessoa possível. As vezes me esqueço ou passo por cima dos seus ensinamentos, mas meu amor, acredite, nunca irá acabar. Desculpa se te desaponto algumas vezes.
Olha pai, acho que vou acabar por aqui, eu sei que você não tem orkut, twitter, msn, nem nada dessas coisas, mas vc vai ler tudo que tá escrito aqui, tenho total certeza. Então atende meu pedido e vem me ver, nem que seja uma ultima vez. Eu nao gosto de lembrar da ultima vez que te vi, daquele jeito, vc sabe que eu tava lá, mas esqueçamos né? Eu preciso saber que você tá bem e voltou a ser lindo como era, preciso muito ouvir aquele sutaque de português que sempre será o meu preferido. Nada, nunca, nem ninguém tirará o que ficou de você em mim, tem amores que realmente duram pra sempre, e o seu eu carregarei até o fim. TE AMO INCONDICIONALMENTE PAPAI, MEU PORTUGA. Um beijo da sua MACAQUINHA *-*