quinta-feira, 25 de novembro de 2010

A falsa liberdade

Comentam por aí sobre o dia 13 de maio alegando que neste dia se comemora a libertação dos escravos, ou seja, dos negros. Mas ainda hoje os negros que foram soltos das correntes vivem aprisionados até mesmo em sua própria mente.
È de se questionar o que realmente estamos comemorando, se ainda hoje no mundo o negro sofre preconceitos inadmissíveis, e são menosprezados pela cor de sua pele. Até mesmo o Brasil que conta com diversidades extraordinárias, comete com os negros deslizes imperdoáveis, proibindo-os das maiores regalias que dizem pertencer só aos brancos.
Mesmo que digam por aí que racismo é coisa do passado, que são todos iguais, nota-se a diferença desde o nascimento do individuo, caso ele seja negro, não precisa de muito esforço para se saber qual será o destino de sua vida, sabemos que seu destino será de muito sofrimento. Vê-se então que “as feridas da discriminação racial se exibem ao mais superficial sobre a realidade.”
As leis se dão diferentes para homens brancos e negros, criando entre eles uma muralha, colocando-os como seres diferentes, sabe-se que todos seriam então iguais se assim fossem tratados. Desde o período colonial o homem branco mantém o poder entre eles. Nossa riqueza, por exemplo, foi produzida por negros escravos trazidos da África, que quando livres foram obrigados a ficar em estado de miséria, não podendo usufruir de nada.
Se a justiça alega a igualdade para todos, por que então o número de negros nas faculdades e super inferior aos dos brancos? As chances de um negro entrar na universidade são de 18%, contra 43% dos brancos. Ou então por que os grandes empregos são ocupados por brancos e quase nunca por negros? O trabalho muitas vezes é inacessível para os negros, e quando conseguem algum emprego são em situações muito precárias. É mesmo desejável que um dia o mundo seja igual. Dizem que negro é aquele que mata, rouba, vive em favelas e branco o que tem sua casa própria, que cria uma família, que tem um bom emprego, foi uniformizado que o branco será sempre o patrão e o negro sempre o empregado. Será então que as oportunidades para estes estão sendo as mesmas? Se fossemos um mundo de igualdades não seria preciso a regalia das cotas.
A pobreza do nosso País foi simbolizada com uma cor, sendo ela a cor negra, são estes desprovidos de direitos, excluídos pelo mercado de trabalho. A elite luta na TV pela igualdade, mas quantas vezes assistimos os negros em um momento de glória? Nas novelas eles são os empregados, favelados, nos jornais só aparecem quando mataram alguém, estupraram, ou seja, estes só servem quando estão cometendo um mau exemplo, é como se eles fossem à nata podre que emporcalha o país. Até mesmo os próprios negros já não se aceitam mais, criam em sua cabeça uma fantasia e passam a afirmar que são homens brancos, renegando sua cor, de cada 100 negros, 83 não assumem sua condição racial.
Enfim, é claro que não temos nada a comemorar no dia 13 de maio, a não ser injustiças, desrespeito para com o próximo, desamor. Não se conseguiu nada com a libertação dos escravos a não ser que estes vivessem em uma situação miserável, que até hoje prevalece vencedora no mundo, botando o negro sempre a baixo dos pés dos brancos. Essa data não obteve ainda nenhum efeito, a não ser o de decepção para os que lutam por um mundo mais igual, mas vamos à frente a esperança não morreu!

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