quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Como se fosse ontem

Eu, Laysa Cristina Oliveira de Gouveia, nasci no dia 14 de fevereiro de 1992, na cidade de Itapebi, mas morava na fazenda Guarani, que é ao lado dessa cidadezinha. O local em que eu morava nunca foi muito desenvolvido, tratando-se então de educação nem se fala, mas as pessoas de lá tinham sede por conhecimento e passavam a maioria do dia na escola, inclusive eu.
Minha mãe sempre foi professora e trabalhava no local onde morávamos. Desde cedo ela começou a me levar para escola, e eu me mostrava interessada a aprender todas as coisas que ela ensinava aos seus alunos. Com esse empurrãozinho ingressei na escola muito rápido aos 3 anos de idade, e aos 5 eu já sabia ler e escrever com muita precisão.
Com o passar dos anos, mudei de cidade e várias vezes de escola, mas todas elas me mostravam um português muito “cru”, cheio de regrinhas incompreensíveis e meios indecifráveis. Sempre gostei de ler, mas sempre optava por historias de amor, ficções, livros com histórias de adolescentes, o primeiro livro que li foi “Meu pé de laranja lima”, e amei, mas nunca fui muito incentivada para ler poemas, revistas, jornais, entre tantos outros indispensáveis”.
Lembro que pouquíssimas vezes fiz uma boa interpretação de texto, isso quando ainda fazíamos uma ruin, que é de extrema importância, o que mais pediam era separação de sílaba, acentuação, a famosa “gramática”, o famoso livro grosso debaixo do braço que tanto assustam os alunos, mas sinto que as aulas de hoje, tão dinâmicas, são bem mais proveitosas e ricas, e enriquecem muito mais meu conhecimento de mundo.
Caso mencionassem a palavra “literatura” em uma sala, pensaríamos que era algo do “Demo”, vindo lá de baixo para atormentar nossas pobres vidas. Essa palavra, esse estudo, não fazia parte do meu cotidiano escolar, conhecia apenas de nome as escolas literárias (barroco, classicismo, modernismo, etc.), não conhecia nada que passasse de Monteiro Lobato na autoria do Sítio do Pica-Pau Amarelo.
Hoje além de aprendermos a ler e escrever bem, aprendemos a ser pensadores, interpretadores, críticos, isso tudo de uma forma magicamente gostosa., não só existimos, como fazemos toda a diferença. Desde meu ingresso no Cefet percebi a grande diferença desta escola para as outras, não só com a língua portuguesa, mas em todas que são também indispensáveis, iniciando com a professora Florisbete, que nos levou ao mágico mundo da literatura, interpretação, leitura e escrita. No ano seguinte o professor Alexandre então nos enfeitiça e hipnotiza com suas aulas, interagindo diretamente conosco e nos levando a interessar-se cada vez mais pelas discussões do mundo e pela famosa “língua portuguesa”, que é complexa, mas encantadora se tratada da forma correta.

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